sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Drive.



Ontem fui ver o filme "Drive", dirigido por Nicolas Winding Refn. Tinha lido num suplemento da revista Sábado, cujo nome agora me está a escapar, a crítica do Pedro Marta Santos e ele, além de lhe dar mais de 90 pontos em 100 (não me lembro do valor exacto), dizia que, para ele, o filme foi a grande surpresa de 2011, e que esta geração de novos realizadores estava a fazer ver a nomes como Polanski, Lars Von Trier ou David Cronenberg (todos eles com filmes em cartaz em 2011).
Como costumo estar de acordo com o Pedro e o filme está bem cotadinho no IMDB, fiquei muito curiosa.

Pelo que vi no trailer e pelo que fui ouvindo de quem já tinha visto o filme, soou-me a Tarantino. Vai daí, não podia ficar mais entusiasmada e com as expectativas em alta.

E "Drive" encheu-me mesmo as medidas.

É a história de um rapaz (Ryan Gosling), sem direito a nome e conhecido apenas por "driver", que tem vida dupla. Além de ser duplo de cinema, nos tempos livres, dá umas boleias curiosas. Pelo meio mete-se uma historinha amorosa, toda fofinha, que acaba por estar na origem de todos os problemas que surgem ao longo do filme.

A banda sonora é absolutamente deliciosa, irrepreensível; as personagens são envolventes, misteriosas, umas obscuras, outras tão ternurentas que apetece mesmo levar para casa e cuidar delas; os planos de filmagem são diferentes do comum (aqui, bem ao estilo Tarantino, eu acho); a iluminação vai variando consoante a intensidade emocional das cenas; há partes violentas, MUITO violentas, mas bem conseguidas e, a maior parte, inesperadas. Algumas cenas de perseguição automóvel e a obsessão (que passa para quem vê) da maldade sair vencida pela justiça, fazem mesmo lembrar o Death Proof, do Tarantino.

O filme está longe de ser de acção. Diria que em 80% do tempo é parado, prolooooongado, os diálogos não são geniais, o protagonista é até bem reservado com as palavras, mas não achei o filme em nada cansativo. É uma obra com carisma, com classe, com qualquer coisa de "dark", e que embora possa recordar outras obras ou realizadores, não soa a cópia, nem a adaptação.

Fui ver o filme com três homens e, sobre o Ryan Gosling, tive que ouvir coisas como "parece um mongolóide", "tem os olhos muito juntos", "tem um olho mais fechado que o outro" ou ainda "não é nada expressivo".

Isto até pode ser algum problema hormonal, mas eu cá fiquei fã do pequeno.

Uma das minhas favoritas do filme:

5 comentários:

  1. adorei o filme!! e vou passar a seguir-te aqui :) tixa

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  2. O filme é mesmo MUITOOOOooo parado. Vale pela banda sonora.

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  3. Eu não o achei demasiado parado! Acho que é óptimo para saborear :)

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  4. Adorei o filme, e aconselho o Crazy, Stupid, Love. Também é com o Ryan : )

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  5. Continuo a dizer que tem um olho muito mais fechado do que outro.Hoje dei por mim a pensar em certas cenas do filme, ou seja, vale a pena ver.

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