quinta-feira, 3 de maio de 2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

Sabem o que era engraçado?

1) Era eu voltar a ter pachorra para isto! Bem que li por aí que isto de ter um blog, ou se quer com muita força, ou passa depressa.

2) Calarem-se com o Pingo Doce. E com tudo o que é viral nas redes sociais. Tipo o Miguel que batia o punho, o caso Ensitel, o Kony, as crianças com leucemia que recebem um euro por cada partilha no vosso mural do Facebook (acordem, ninguém está a contar isso), a Someone Like You da Adele (de preferência ao vivo), o Pablo Álboran com a Carminho, e por aí fora...

3) Parar de chover. Eu até gosto de chuva, mas gaja que é gaja farta-se depressa da roupa da estação e eu já só penso nas modinhas de Verão.

4) Cancelarem todos os festivais de música deste ano. Não há emprego, não há dinheiro, não há bilhetes, não há estômago que aguente tanta coisa boa e eu em casa.

Para já, é só.

sábado, 14 de abril de 2012

Porcos e diamantes.



Ontem apanhei-o a meio na tv. Escusado será dizer que fui muito feliz, como sempre, e que este é um daqueles filmes que estará sempre no meu TOP 10. Bem hajas, Guy Ritchie!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ah, é verdade

Isto enche-me o coração.




(se alguém estiver interessado em ajudar, deixe comentário ou envie um email para micsantos4@gmail.com)

The Black Keys.

Estou capaz de matar por este concerto. A ideia agora é, do alto do meu desemprego, juntar um eurito por dia para ir ao Atlântico no dia 27 de Novembro. Conseguindo, dentro de 36 dias sou uma mulher feliz. Muito, muito feliz.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Pirose

O que mais me preocupa nem é o cartaz do Optimus Primavera Sound ou o cartaz dos últimos dois dias do Optimus Alive. Não. Isso massacra-me, mas não é o pior. O que realmente me preocupa é que ainda falta o cartaz do Paredes de Coura, o que portanto significa que a minha azia tenderá a aumentar.

Eu lá mereço isto.

terça-feira, 13 de março de 2012

Upside down.

De há uns anos para cá que algo me incomoda e me inspira alguma preocupação até. Não é uma coisa de que me lembre diariamente ou que me dê dias mais tristes, mas não deixa de ser uma questão com peso suficiente para vir aqui parar.

Desde que ouço a Sit Down, dos James, que é praticamente desde sempre porque ela é só um ano mais nova que eu, que ouço as pessoas à minha volta (TODAS, JURO) a cantar "upsideee down, upside dowwnn, upside downnn, sit down next to me". Nunca ouvi ninguém cantar "oh sit down, oh sit down, oh sit down, sit down next to me" que é, portanto, a forma correcta. N-u-n-c-a. E apesar de me apetecer sempre dizer "é sit down, não é upside down, porra", não digo. Fico a pensar por que raio há-de alguém cantar "de pernas pro ar, de pernas pro ar, de pernas pro ar, senta-te ao pé de mim".

E deixo-me estar. Há anos. Merda.

terça-feira, 6 de março de 2012

Millenium.



Andei a engonhar um bocado com este volume 2 da saga Millenium do Stieg Larsson. As primeiras 200 e tal páginas estive ali num vai não vai. Estava a ser giro, que até estava, mas nada muito por aí além, tipo que me deixasse a arfar de contentamento e com o cérebro aos pulinhos. Felizmente, e finalmente, a trama adensou-se e ontem já tive que fazer um grande esforço para pousá-lo e dormir. Pois é, que há vida para além disto.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Destorce, destorce, destorce

Eu nem tenho grande prazer nisso (ou pelo menos tenho muiiito raramente), mas sou um bocadinho nazi em certas e determinadas questões.

E se há coisa que me tira do sério é esse grupinho de parasitas, a que nem chamo minoria porque eles já são mais que as mães, constituído pelos tão úteis e convenientes arrumadores de carros.

A sério, quem é que no seu perfeito juízo vê alguma utilidade ou lógica na existência de um arrumador de carros num parque de estacionamento (ou noutro sítio qualquer)? Só mesmo alguém com mais droga que sangue no corpo.

É que, tanto quanto vejo, quanto vemos todos, eles não criam lugares. As criaturas limitam-se a apontar os lugares que nós, sem aqueles estupores (para não lhes chamar montes de esterco), veríamos na mesma. E gesticulam, gesticulam muito, berram, fazem 30 por uma linha, dão dicas de estacionamento e, no fim, ainda ficam à espera que lhes paguemos. E agem como se tivessem, de facto, esse direito. Como se tivessem sido indispensáveis e tivessem estudado uma vida para essa árdua tarefa que é a de indicar lugares vazios. E se não pagamos, chamam-nos nomes e decoram-nos o carro e a cara. E se damos só 20 cêntimos é porque somos isto e aquilo.

Hitler, se me estás a ouvir, eu acho que foste má pessoa! Foste cruel, fútil e mimado. Mas, se tivesses um tempinho, achas que dava para passar por cá e limpares o sebo a uns, sei lá, 500 arrumadores? Só para nos aliviares um bocado. E, já agora e se não for pedir muito, há uns ciganos que andam a roubar arcas frigoríficas a avós de amigas minhas, ali nas Gafanhas. Bom, se puderes, dá lá um saltinho também, sim?

(Isso ou um governo que solucione este problema, que não só irrita como é perigoso, algo que já foi feito noutros países.)

Tempo livre

Sabes que tens demasiado tempo livre quando vês, na íntegra, o vídeo da orgia do José Castelo Branco.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Transtorno obsessivo-compulsivo

Isto de ter carta, carro e toda uma nova independência é muito giro, que é, mas vai dar-me cabo da paciência. E olhem que eu já não uma pessoa dotada de grande dose disso.

Há uma parte de mim que não acredita que eu, uma mulher feita, seja suficientemente consciente e responsável para ter um carrinho nas mãos.

Primeiro: conduzir de noite é o bom e o bonito! Eu não sei se sou só eu, mas tenho a sensação de que me vão aparecer gatos na estrada, a correr e de olhos vermelhos e que eu, claro, vou esmigalhá-los sem compaixão. Ou veados. Também já me passaram pela cabeça vários veados a atravessar a nacional 109, essa via particularmente conhecida pelo aparecimento de animais selvagens durante as noites mais frias.

Isso e quando estaciono o carro, que verifico tudo pelo menos 59 vezes, saio do carro e passo os minutos, senão horas, seguintes, a pensar que deixei o carro destravado, ou as luzes ligadas, ou alguma mudança engatada, ou o carro aberto, ou porra que o valha!

Agora, enquanto vos escrevo, vai-se-me um tal desconforto na alma que só tenho vontade de sair do quente do meu quarto para ir confirmar que está tudo bem com o carrinho. E isto tudo com a tal banheira (confesso que até já a acho fofinha e temos sido felizes juntas) da minha mãe. Imaginem quando for um carro meu. Mas imaginem só vocês, que eu não tenho coração para isso.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Há coincidências

Hoje estive toda a tarde numa daquelas neuras de gaja. Não me apetecia estar em casa (eu, que dou tanto valor a passar o Domingo enrolada a ver TV), mas também não sabia bem o que queria fazer. A bem dizer, estava com um look miserável, com o cabelo todo nojentinho, o ar de quem não se vê ao espelho há 23 dias e umas dores ainda mais de gaja que as próprias neuras.

Decidi prosseguir com todo este degredo e vesti-me mal e porcamente para ir comprar um perfume. Como ainda sou, segundo o meu progenitor, uma maçarica a conduzir, não me aventuro sozinha na carrinha, vulgo banheira, da minha mãe, e vai daí fui apanhar um autocarro que supostamente passaria às 18h. Mas depois, percebi eu, tarde demais, não às 18h de hoje.

Pois bem que fiquei ali naquele estado deprimente, gelada e maldisposta, a ouvir música ainda mais deprimente, durante quase uma hora, numa paragem de autocarro sombria. Isto tudo não teria piada nenhuma não fosse ter aparecido, de repente, em plena nacional 109, uma espécie de escolta nazi, na frente uma mota com sidecar com um senhor vestido de Hitler, outros tantos homens com ar de nazis fardados de forma estranha, em motas e carros ainda mais estranhos. Está bem que é Carnaval, mas eu senti-me no meio de toda uma Alemanha nazi.

Isto podia ficar por aqui, que podia, sem grande piada e sem nada de extraordinário, mas não fica. Pois que entretanto apanhei uma milagrosa boleia com uma amiga e comentei todo este cenário de extrema-direita em plena cidade de Ílhavo. O padrasto da minha amiga, como se nada disto fosse estranho, e para ele não era mesmo, disse logo: "ah, isso é o que fazem todos os anos, no Carnaval, o engenheiro XIS (não vou dizer o nome dele, que parece mal) e os amigos!", e respondo eu, prá minha vida, "o engenheiro XIS que é examinador do IMTT?", "sim, esse", diz ele, "ah, é que foi ele que me fez o exame de condução na quinta-feira", remato eu.

E foi isto. Agora consigo imaginar o meu examinador vestido de Hitler a plantar cebolos e a não nascer nenhum.

Claro que há coincidências. E não são poucas.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Condução: terceira e última parte

Depois de muita baba e ranho, de muitos dias a chegar a casa a pensar "eu nunca na vida vou tirar a carta" e de algum dinheirinho gasto em aulas extra, eis que me encontro apta para conduzir entre as demais pessoinhas.

Pois é, não estava nada à espera de um desfecho feliz, mas a verdade é que nas últimas, vá, 3 semanas, as coisas começaram a compor-se. Et voilá, ontem passei cheia de tranquilidade no exame de condução.

Não subi passeios, não bati em carros, não fiz rotundas em quinta (go go Salomé!!), não deixei o carro ir abaixo, não atropelei crianças nem velhinhos.

A dada altura, o examinador, não sei bem por que carga de água, começou a falar do tempo, e de como o tempo influenciava a agricultura, e a lua!, ah como a lua influencia a agricultura, e que a mãe sempre lhe disse para não plantar cebolos com lua cheia (ou ao contrário, whatever) e que ele um dia plantou 600 e não cresceu nenhum. E com a brincadeira dos cebolos estava a Nênê em quarta, numa rampa, a 20 KM/H e prestes a deitar tudo por água abaixo. Parei o carro, pus em primeira, ponto de embraiagem bem feitinho, disse que me tinha distraído com os cebolos, pedi desculpa e segui caminho.

E correu tudo bem. Tenham cuidado por aí.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A culpa é da televisão

De há uns anos para cá, mais precisamente desde que vi nas notícias que um menino morreu electrocutado ao carregar num botão de um semáforo, nunca mais consegui fazer o mesmo (carregar no botão, não a parte do quinar) sem pensar nisso.

E fico sempre à espera que se me acabe a vida ali, antes de atravessar a passagem para peões.

Receio do género surge em piscinas. Desde que ouvi que uma criança terá sido sugada numa piscina de um qualquer parque aquático, procuro em TODAS as piscinas buracos suspeitos ou susceptíveis de me levarem desta para melhor. A sorte é que será difícil caber em algum.

É o que vale.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Caralhotas

Se há mais alguém aí que chame caralhotas ao borboto, que diga agora, ou se cale para sempre.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dar sangue.

Hoje fui arrastada para doar sangue. É um projecto que tenho desde novita, que acho muito bonito e necessário, mas que tenho adiado de ano para ano.

Quando tinha 14/15 aninhos, uma idade cheia de consciência e em que se tomam decisões para a vida, achava um piadão à coisa e tinha a certezinha de que ia ser dadora a vida toda. Pois, está bem.

A ideia começou a perder credibilidade quando passei a fazer análises com frequência. A piada é que desmaio sempre. O que, parecendo que não, é chato. Pois que chego lá, ao centro de análises, já nervosa e prestes a entrar em colapso. Eu nem olho para a agulha, ou para o sangue, ou para a enfermeira, mas imagino tudo. 100 vezes pior.

Mal a senhora tira a agulha e diz que já está, puff, calafrios, suores, tonturas, náuseas, e lá vou eu. Depois elas vêm com rebuçados, algodões com álcool, pães com queijo, bolinhos, um verdadeiro farnel anti-pieguice. E eu recupero os sentidos e vou à minha vida, com a garantia de que só para o ano é que há mais.

Ainda assim, ignorando este padrão e porque quero crer que algures em mim há uma pontinha de coragem, deixei-me arrastar, então, para dar sangue.

Ora cheguei lá, preenchi um questionário, inscrevi-me como dadora e sentei-me à espera de ser avaliada pela médica que vê se estamos, ou não, aptos para ser vampirizados.

O problema, meus amigos, é que nisto estava lá tudo ao léu. Que é como quem diz, as pessoas, ali, tudo ao molho, fé em Deus, de agulha espetada no braço e saco de sangue pendurado. A abrir e a fechar a mão. E, claro está que eu, do alto da minha borradice, comecei logo a sentir vontade de vomitar perante este cenário.

Sentei-me cheia de medo, e de suores e a tremer da voz, para ser vista pela médica e, dois minutos depois, tinha escrito na minha ficha: "Não tem perfil psicológico para ser dadora". Diz ela, a médica, que agora nem pensar, que ainda caía pro lado ali, e para tentar mais tarde, que com a idade as pessoas lidavam melhor com as suas fobias.

Parece que lá terei que adiar o projecto mais uns aninhos. Ou, quiçá, para sempre.


sábado, 28 de janeiro de 2012

50/50



Fofinho, comovente e inspirador. E com uma banda sonora de luxo.

Assim sim, vale a pena.

Coisas que me irritam (2 de 398548429485)

Nos espectáculos de comédia há sempre, sempre mesmo, uma pessoa que ri de forma particularmente estúpida. E que, depois de perceber que as pessoas simpatizam com a sua forma esquisitinha e histérica de rir, riem ainda mais alto, e mais, e mesmo quando não está a ter piada.

E eu tenho para mim que essas pessoas deviam ficar no mesmo saco das que tiram fotos e falam ao telemóvel.

Incomodam, pronto.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Carla Ferreira

Para mim, o melhor dos últimos dias não foi a lontra na esplanada no Porto, nem o senhor que comeu o cérebro do outro, nem o derby espanhol, nem a petição para a demissão do Cavaco. Nada disso. Que isso tudo são meras banalidades.

O que realmente me tocou, e me levou a agradecer ter vindo ao mundo foi, nada mais, nada menos, que a filha do Eusébio. Essa grande senhora (ou alien, não entendi bem) que é a Carla Ferreira.

Ora, eu vi alguns comentários sobre uma suposta embriaguez (outros comentários eram mais rudes e falavam mesmo em coca e coisas simpáticas do género) da dita cuja filha e quis muito muito muito ver.

Expliquem-me, por favor, o que foi isto:

Jornalista que chamou 14 vezes por Jorge Jesus
- Uma das filhas de Eusébio, Sandra...

Carla Ferreira
- Carla!

J - Carla, peço desculpa! Carla! Aahhhh...Deu algum presente, hoje, ao seu pai, ou não?

C - O maior presente da vida! Dar-lhe vida! Isto é, eu pedi, quando acordei, à minha avó, a minha avó tem muito a ver comigo e com ele, ahhh isto é muito espiritual, mas a dar-lhe, eu tirar anos de vida. Para lhe dar a ele.

J - Ele provocou aqui alguns sustos nestes últimos tempos, não é ahh? Em termos de saúde...Mas eeeh, tudo já está ultrapassado?

C - Nuuuunca ninguém sabeeee....

J - Ele tem que ter um bocadinho de juízo, não?

C - Não.

J - Não?!

C - Não. Ele tem o juízo que tem que ter. Cada um nasce práquilo que tem que ter. Ahhh e paahhg. E pa saber aquilo que faz. Não é hoje que ele vai morrer (????????)

J - Não! Claro! E ninguém precisa disso! Mas ele precisa de se cuidar. Ahhh, qual é...

C - Como todos nós! Até eu preciso de me cuidar!

J - Qual é a principal recordação que guarda do seu pai enquanto jogador?

C - É pai! (!!!) Jogador...

J - Mas algum episódio especial?

C - Portugal - Coreia! Portugal - Coreia! Eu tirei dois cursos superiores com o 5-3! (????) A força que alguém tem que viver, Portugal deixou de ter. (????????)

J (naturalmente sem conseguir perguntar mais nada) - Muito obrigado. Agradeço-lhe esta entrevista bla bla bla...

Condução: parte II

É oficial e irreversível: tenho exame de condução dia 16 de Fevereiro!!!

A coisa, entretanto, lá se foi ajeitando. Já não sou uma péssima condutora, mas sim um esboço de uma potencial condutora razoável. Daquelas que, quando se apanham de carta na mão, batem duas a três vezes por semana no carro dos outros, sobem passeios e mudam da quinta mudança para a segunda (calma, isto não me aconteceu ainda, mas pode vir a dar-se).

Ora, posto isto, mais do que nunca, preciso das vossas calorosas palavras. As vossas experiências tenebrosas, no último post sobre este tema, ajudaram-me imenso a perceber que não sou o único cepo com pernas.

Quero conselhos. Quero saber do que não me posso meeesmo esquecer no dia do exame, o que não posso sequer pensar em fazer, se devo ou não tomar 20 XANAX uma hora antes, se posso agredir o examinador, por aí.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O que é demais também chateia

"BE lança hoje campanha de solidariedade com a família Cavaco Silva

Hoje terça-feira, o Bloco de Esquerda realiza uma conferência de imprensa às 15horas junto ao centro distrital da segurança social de Aveiro, onde apresentará uma campanha de âmbito nacional de apoio à família Cavaco Silva.

Ø O BE apresentará um cabaz de solidariedade que será entregue à família Cavaco Silva.

Ø Uma linha telefónica para que todas e todos os Portugueses possam utilizar para ajudar a família Cavaco Silva.

Ø Uma morada para onde toda a população possa endereçar a oferendas solidárias ao nosso Presidente da Republica.

Desde já o BE apela à solidariedade de todas e todos os portugueses para que se evite que quem vive acima das nossas possibilidades tenha de emigrar."


Menos. Muito menos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Coisas que me irritam (1 de 398548429485)

Pessoas que colocam no perfil do Facebook coisas como:

- Estuda em "Escola da vida"

ou

- Trabalha na empresa "Ser mãe"

ou ainda

- Trabalha na empresa "Desempregado"

A sério.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dado e arregaçado

"A falta injustificada a um ou meio período normal de trabalho diário imediatamente anterior ou posterior a dia de descanso ou a feriado implica a perda de retribuição relativamente aos dias de descanso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores."

Isto na versão final do acordo tripartido alcançado entre o Executivo, os patrões e a UGT, em que se definiram novas medidas para a lei laboral.

Ora bem, não sei se é de mim, mas isto parece-me perfeitamente normal.

No entanto, tenho ouvido e lido comentários muito depreciativos em relação a esta medida. Que isto está pior que no tempo de Salazar, que só mudam as moscas (ah, que graça, esta), que os pobres são sempre os mesmos, que os trabalhadores é que sofrem. Os clichês do costume, que a malta até a revoltar-se é pouco original.

Senhores e senhoras, confesso que não entendo a vossa reacção e me tenho sentido perdida nas vossas afirmações pouco argumentadas.

Pior que no tempo de Salazar porque não querem pagar-vos um dia em que não trabalharam? Ou penalizar-vos por serem malandros? Acham que num país a sério ainda vos pagavam por terem ficado em casa? É isso?

Esta velha mania das pessoas de que toda a gente lhes deve alguma coisa!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ginásio

Há umas quantas coisas que me irritam no ginásio.

Uma delas, e precisamente a coisa que mais me incomoda e me dá vontade de não pôr mais os pés na maior parte das aulas de grupo, é a música.

Está bem, está bem, já sei que gostos são gostos, que não se discutem, que lá porque eu não gosto não quer dizer que seja mau, mas nada disso me convence neste caso. Também sei que para o exercício físico, o ideal é música com um lote rechonchudinho de BPM's. E até aqui tudo bem, que há imensas.

Eu não gosto, mas tolero as Rihannas, as Beyonces e até (veja-se e aplauda-se o meu grau de tolerância) os 30 Seconds to Mars e as Britneys Spears desta vida. Quando a coisa mete mais batida, bunts bunts bunts aqui, sirenes acolá, vozes de moças atiçadas mais além, e por aí fora, é que se complica. Uma pessoa sente-se tão mal tratada que fica capaz de comparar a banda sonora dos carros-de-choque ao espólio dos Pink Floyd.

Aquilo, meus amigos, não é música. É só barulho. Muito barulho, sem nexo e sem futuro. Daqui a 30 anos ninguém se vai lembrar destes minutos de pura ostentação de mau gosto.

E as remixes de músicas que, coitaditas, até eram bem simpáticas na sua versão original, e são assassinadas sem dó ou pudor?

E, pior, a malta que até gosta?

A verdade é que a música é tão má, que consegue distrair-nos do sofrimento do exercício. A questão é que, quando é boa, também. E eu cá escolho o melhor para mim.

É por isso que a melhor opção continua a ser pegar no leitor de mp3 e seguirmos, sós e, assim sendo, bem acompanhados, a nossa vidinha.



Ah! Outra coisa que me irrita, e não é pouco, é gente magra, rijinha e, na pior das hipóteses, que também vista bem de cara. Gente essa que, mesmo assim, do alto de todas estas virtudes asquerosas, ainda se pavoneia em duas ou três aulas seguidas, só para mostrar quem manda.

É uma falta de respeito por quem se anda ali a matar por uma imagem mais credível!

Não se faz.





Pobre Billy Idol.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Carga de Trabalhos - parte 2




Conselho: incluir na "Dream Team" alguém que consiga escrever em português correcto.

É que, vá, não é pedir muito.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Moral da história



Li numa revista das boas que a Cátia, da Casa dos Segredos, cobra 1500 euros por entrevista, mais uns quantos por cada presença em discotecas e afins e teve ainda uma oferta de 10 mil euros para um Carnaval qualquer.

Não percebo por que raio andei a investir tempo, dinheiro e mioleira numa licenciatura, se na realidade se premeia mais depressa a estupidez.

Como diz a minha mãe: "ganha fama e põe-te a dormir".

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Heil, Ferreira Leite



Manuela Ferreira Leite, já se sabe, não é famosa pela sua eloquência. A senhora, que politiquices à parte parece uma jóia de pessoa, embrulha-se um bocado com as palavras e diz o que não quer e o que não deve.

Ora diz que era bom era ficarmos seis meses sem democracia, que isto em ditadura é que a malta fica rija, ora sugere que os doentes renais com mais de 70 anos passem a pagar a hemodiálise, esta a última das supostas bacoradas, na passada Terça-feira, no programa Contracorrente, da Sic Notícias.

O meu avô faz hemodiálise há mais de 10 anos, tem mais de 70 e ainda está ali para as curvas. Então, pensei eu, depois de ler a notícia num orgão "cujo nome não deve ser pronunciado", tu queres ver que a Manela quer-me matar o homem? É que, bem vistas as coisas, 500 eurinhos (ou mais) por semana, 4 semanas por mês, 12 meses por ano, é puxadote. Nããã! Ninguém pode ser tão parvo para comprometer (ainda mais), de forma gratuita e em directo, a sua imagem desta forma. Ou para querer matar milhares de idosos em, sei lá, três dias.

Posto isto, e farta de ver os meus amiguinhos do Facebook postarem a notícia, incrédulos e sem se terem certamente dado ao trabalho de ver o vídeo da tão pouco prodigiosa afirmação, resolvi ir procurar o dito.

E claro está que não temos um Hitler de saias e em português a querer criar trincheiras de velhos com rins preguiçosos. Manuela Ferreira Leite, de facto, proferiu aquelas malditas palavras, que lhe valeram mais uma vez o título de ditadora, mas o que ninguém disse é que minutos depois se justificou, perante a estupefacção dos outros convidados e a da própria, dizendo que na realidade se tratava não de excluir, mas sim de racionar! Ou seja, quem pode paga, quem não pode passa a outro e não ao mesmo. Resumindo: uns têm que pagar, os que possam, para que seja possível que a saúde seja gratuita para outros. Tipo o lema do tirar aos ricos para dar aos pobres. Isto é simples, não é nada de novo e só não entende quem não quer.

Claro que eu acho muito complicado, principalmente neste momento, que existam muitos senhores e senhoras capazes de comportar os seus tratamentos de hemodiálise para aliviar o Estado. Acho. Acho igualmente que ninguém vai de porta em porta perguntar quem quer pagar, e que quem pode pagar não se vai chegar à frente, qual altruísta salvador da nação, e dizer que paga, que é bom.

Mas o que interessa aqui é que a senhora não quis cuspir na cabeça de ninguém. Pelo menos desta vez. Ela disse aquela barbaridade, mas justificou-se logo a seguir. A comunicação social, uns orgãos mais que outros, gosta de distorcer um bocadinho as coisas a favor do escândalo. Afinal de contas, e eu estudei isso e sei-o bem, o escândalo, o inesperado, o corrosivo, é que vende! E então se vende, está tudo bem. Mesmo que a dignidade e a boa-fé de terceiros sejam postas em causa.

Jornalismo não é isto. Nem tem que ser.

Sim, às vezes, 6 meses sem democracia caía meeeeesmo bem.


Aos 43 minutos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Coachella

Já que perdi o Woodstock de 1969 e tornou-se, entretanto, impossível recuperá-lo na íntegra, tenho um desejo mais fácil de concretizar: ir a um Coachella.

Eu sei que pode ser pedir um bocadinho demais, que os tempos estão difíceis e que ainda é uma distância considerável, mas sonhar não custa e é preciso.

Se desse para ser este ano, que lá estão os The Black Keys e mais umas dezenas de nomes que quero ver, então, era ouro sobre azul.




De qualquer forma, e porque sou uma pessoa humilde, não vou mal com um bilhetito geral para o Alive deste ano.

Pensem nisso.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Carga de Trabalhos

Para quem não conhece, o Carga de Trabalhos é um site de ofertas de emprego na área da comunicação, marketing, multimédia,design, por aí.

Ultimamente tenho passado lá quase tanto tempo como no café. De vez em quando, pasmem-se, acontece um milagre e há ofertas de trabalho remunerado.

Ontem andava por lá e passei os olhos neste anúncio. Apesar de não andar à procura de estágios curriculares, acabei por ler o que se pretendia. Já se passaram mais de 24 horas e eu ainda não consegui encontrar explicação para isto:

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Drive.



Ontem fui ver o filme "Drive", dirigido por Nicolas Winding Refn. Tinha lido num suplemento da revista Sábado, cujo nome agora me está a escapar, a crítica do Pedro Marta Santos e ele, além de lhe dar mais de 90 pontos em 100 (não me lembro do valor exacto), dizia que, para ele, o filme foi a grande surpresa de 2011, e que esta geração de novos realizadores estava a fazer ver a nomes como Polanski, Lars Von Trier ou David Cronenberg (todos eles com filmes em cartaz em 2011).
Como costumo estar de acordo com o Pedro e o filme está bem cotadinho no IMDB, fiquei muito curiosa.

Pelo que vi no trailer e pelo que fui ouvindo de quem já tinha visto o filme, soou-me a Tarantino. Vai daí, não podia ficar mais entusiasmada e com as expectativas em alta.

E "Drive" encheu-me mesmo as medidas.

É a história de um rapaz (Ryan Gosling), sem direito a nome e conhecido apenas por "driver", que tem vida dupla. Além de ser duplo de cinema, nos tempos livres, dá umas boleias curiosas. Pelo meio mete-se uma historinha amorosa, toda fofinha, que acaba por estar na origem de todos os problemas que surgem ao longo do filme.

A banda sonora é absolutamente deliciosa, irrepreensível; as personagens são envolventes, misteriosas, umas obscuras, outras tão ternurentas que apetece mesmo levar para casa e cuidar delas; os planos de filmagem são diferentes do comum (aqui, bem ao estilo Tarantino, eu acho); a iluminação vai variando consoante a intensidade emocional das cenas; há partes violentas, MUITO violentas, mas bem conseguidas e, a maior parte, inesperadas. Algumas cenas de perseguição automóvel e a obsessão (que passa para quem vê) da maldade sair vencida pela justiça, fazem mesmo lembrar o Death Proof, do Tarantino.

O filme está longe de ser de acção. Diria que em 80% do tempo é parado, prolooooongado, os diálogos não são geniais, o protagonista é até bem reservado com as palavras, mas não achei o filme em nada cansativo. É uma obra com carisma, com classe, com qualquer coisa de "dark", e que embora possa recordar outras obras ou realizadores, não soa a cópia, nem a adaptação.

Fui ver o filme com três homens e, sobre o Ryan Gosling, tive que ouvir coisas como "parece um mongolóide", "tem os olhos muito juntos", "tem um olho mais fechado que o outro" ou ainda "não é nada expressivo".

Isto até pode ser algum problema hormonal, mas eu cá fiquei fã do pequeno.

Uma das minhas favoritas do filme:

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Condução: parte I

"Some people, were born to sit by a river. Some get struck by lightning. Some have an ear for music. Some are artists. Some swim. Some know buttons. Some know Shakespeare. Some are mothers. And some people, dance."

Para quem, como eu, já viu o filme "The Curious Case of Benjamin Button" mais vezes do que o socialmente compreensível e aceitável, esta frase não será estranha. A ideia da dita é, como é bastante fácil de perceber, que todos nascemos talhados para alguma coisa, com jeito para isto ou para aquilo, que com mais ou menos dons a registar, todos somos realmente bons em qualquer coisa. Por acaso, eu ainda não descobri em quê, mas isso são outras histórias.

A questão é que, como em quase tudo, há o reverso da medalha. Todos, acho, somos também realmente maus em qualquer coisa. ou em duas ou três. Ora eu, a juntar à falta de delicadeza com a espécie humana, descobri outro podre: sou uma péssima condutora.

Decidi que, aos 23 aninhos, estava mais que na altura de deixar de andar a pé e pedir boleia aos meus já cansados amigos e pus-me a tirar a cartinha, aproveitando (mais uma vez) a abundância de tempo dos meus dias.

No código, à excepção do terror do decorar das velocidades de tudo o que mexe, nem tive grandes dificuldades. Aos poucos e com um bocadinho de estudo aqui e acolá, lá me ajeitei e passei no exame. Com três erradas, dois enfartes do miocárdio e um cerebral, mas passei, vá.

Os meus amigos, no geral, todos me garantiram que o mais difícil já tinha passado, que o código era um berbicacho daqueles e que a condução é que era espectacular. Que tanta aula (são 30) para uma coisa tão fácil até era um exagero! Hum, hum.

As primeiras aulas foram o terror. Ele é mudanças, luzes, pedais, sinais, peões, passadeiras, estacionar, inverter a marcha (pânico) e o diabo a sete. Calma aí, que eu não tenho cérebro para tanto!

Entretanto o drama abrandou. Já sou capaz de mudar de mudanças sem grandes festivais, mas continuo a ser péssima, PÉSSIMA, em manobras. Inversão de marcha é mentira, a estacionar sou uma vergonha e contornar passeios, enfim...

Faltam 10 aulas para as 30 e eu sinto que a minha instutora, que é um amor e ouve a Antena 3 (valha-me isso), está prestes a perder a paciência que lhe resta e a enfiar-me a cabeça no volante 100 vezes seguidas. Só para ver se eu perco os sentidos e me torno mais concentrada e habilidosa. É que, a sério, quietinha, ou mesmo inconsciente, é que eu estou bem.

(Agradeço, de coração, testemunhos que me façam sentir bem, esperançada e um bocadinho menos idiota. Todos os bons condutores, os que o foram desde sempre, calem-se, se fizerem o favor.)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ressurreição.

Toda a gente tem alguma coisa para dizer. Uns mais, outros menos, é certo, mas toda a gente.
Eu nem me considero uma daquelas pessoas com muiiito para dizer. Não sou a pessoa indicada para viagens longas enquanto co-piloto (tanto que adormeço em menos de nada); não sou boa para cafés a dois; sou fraca a arranjar temas de conversa, até com pessoas com quem me dou diariamente; em conversas de conveniência, então, consigo ser mesmo péssima; enfim, ninguém dará nada por mim num blog cujo objectivo é falar sobre coisas.

Até vos digo mais, e muitos de vocês já o sabem: nos primeiros contactos comigo, consigo ser uma espécie de bicho-do-mato arrogantezola com ar de poucos amigos. Os meus amigos (os tais poucos) dizem que reviro os olhos, bufo de vez em quando, tenho dificuldade em esconder que não estou a achar piadinha nenhuma e falo pouco. Lá está, falo pouco.

Depois das primeiras impressões (e há quem diga que a primeira impressão é tudo!) é muito simples: se a outra pessoa me parecer decente, interessante e asseadinha, sim sennhor!; agora se for não for com a cara de alguém, meus amigos, nunca há (houve uma vez, pronto) volta a dar-lhe.

A única altura em que consigo escapar a este meu mau íntimo, a esta dificuldade em dar-me aos outros e, pior, em gostar deles, é em trabalho. Não julgo ter sido alguma vez desagradável com algum dos meus entrevistados, fontes, e por aí fora.

Tudo isto para dizer o quê, perguntam vocês? Para dizer que lá por gostar pouco de pessoas, e ter este feitio de bradar aos céus, que eu sei que tenho e vocês também, não quer dizer que me julgue a maior da minha aldeia e que, com jeitinho, a coisa dá-se.

O desemprego trouxe-me imenso tempo livre e muitas saudades de escrever e de criar. Vou cair na lamechice de dizer que não há nada melhor que partilharmos com os outros o melhor de nós! Quero conservar, desta forma, as minhas memórias e as minhas paixões.
Não tenho emprego, mas porra, tenho um blog!


(E a verdade é que já há aí muito boa gente a sobreviver à conta do seu blog. Bloggers profissionais, dizem eles. E eu acredito.)